Meus Tombos – Parte 3

Meu terceiro tombo de moto foi o mais engraçado de todos que tive. Graças a Deus, mais uma vez, não tive nenhum arranhão pelo corpo e nem a moto.

Este agora foi com uma Kawasaki Ninja ZX 14. Um monstro de 1400 cc e mais de 200 hp que eu nunca usei nem metade deles. Rs !

Tudo aconteceu por pura preguiça. Eu guardava minha moto em um vaga de garagem que era presa pelo meu carro mesmo. Eram 2 vagas em linha. Mas como meu vizinho de vaga do lado não parava o carro dele ali, eu sempre saía com a moto pela vaga dele sem ter que tirar o carro.

Pois bem, num sábado de manhã eu desci para sair com a moto e quando chego na garagem, havia um carro na vaga do vizinho por onde eu saia com a moto.

Botei o capacete no retrovisor, liguei a moto para esquentar e fui dar uma olhada na situação para ver se tinha como eu sair pela lateral do carro.

Tudo porque estava com preguiça de pegar o elevador e ir buscar a chave do meu carro.

Examinei alguns minutos e entendi que dava sim para passar com a moto pela lateral do carro do vizinho, entre o meu carro e o dele.

Coloquei o capacete, tirei a moto do descanso e comecei a manobra. Com os pés levei a moto para trás até passar pela pilastra que ficava ao meu lado direito. Passei com a moto quase toda para dar espaço de manobra porque a moto era muito grande. Por isto também achei por bem ligar a moto para passar devagar pois ficar empurrando aquele monstro não estava fácil.

Neste momento aconteceu o inesperado! A frente da moto passou tranquilo mas quando minha perna passou ao lado de um cano de água não esperava que o cadarço da minha bota fosse ficar preso em um parafuso mais proeminente !

Como não percebi de imediato, só me dei conta da situação quando a moto travou e começou a tombar!

Coloquei a perna esquerda no chão para segurar e fiquei naquela posição ridícula de X. Uma perna presa pelo cadarço na pilastra e a outra esticada para frente tentando segurar a moto.

Tentei com todas as minhas forças voltar com a moto na perna esquerda para desagarrar o cadarço. Mas minha perna esquerda não presta nem para subir no ônibus. Tentei então puxar a perna direita para arrebentar o cadarço. Mas ô trem forte ! Nem começou a arrebentar.

Tentei chamar o zelador para ver se eu dava sorte dele estar por ali. Mas com o capacete meus gritos foram em vão. E não passou uma viva alma naquela garagem para me ajudar a empurrar a moto para trás, o que eu não sei se foi tão ruim assim diante do ridículo da cena.

Só me restou então deixar a moto tombar e eu por cima dela ! Consegui soltar a bota e me levantar rindo daquela situação ridícula.

Dali em diante nunca mais deixei meus cadarços com muito espaço na bota. Dou sempre dois laços e ainda prendo de novo para não ficar nada solto.

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Meus Tombos – Parte 2

Meu segundo tombo também foi muito tranquilo e sem machucados em mim. Na moto alguns pequenos arranhões pois era uma moto carenada. Vamos ao causo …

Todas as quartas-feiras minha turma de moto se encontrava no mesmo bar na mesma hora. Saímos todos do trabalho e íamos para o mesmo bar.

Passados alguns anos a turma começou a se cansar de se encontrar no mesmo lugar e resolveram mudar.

Este foi um dos problemas que me levou deixar a moto cair. O desconhecimento do estacionamento.

Mas vamos ao caso. Eu tinha uma Cbx Blackbird 2008 e gostei tanto da moto que resolvi pegar uma zero em 2012. Encomendei a moto no meu amigo Laninho Baroni e com 30 dias a moto chegou.

A moto chegou numa segunda-feira. Aí falei com ele que ia buscar na loja na quarta porque já ia para o boteco com a moto nova. Assim o fiz. Desci na moto antiga para o trabalho, sai mais cedo e fui na loja buscar a nova.

Moto linda, painel todo digital ao contrário da antiga que era analógico, moto injetada, a antiga ainda era carburada, pensa num trem lindo e moderno. A Blackbird disputava com a Hayabusa o título de moto de rua mais rápida do mundo!!

Montei na moto e não senti nenhuma diferença na posição de pilotar. A moto parecia que vestia a gente de tão confortável.

Conversas feitas, tudo acertado, parti para o novo boteco onde combinamos de encontrar. Foi um passeio sensacional da loja até a porta do boteco aprendendo a ler aquele painel que parecia de uma nave espacial perto dos painéis das outras motos que já tinha tido.

Cheguei na porta do bar e já vi as motos todas paradas em fila. Subi no passeio em direção ao estacionamento para parar a moto ao lado das outras.

Mas tinha um detalhe, todos pararam de frente para a rua e eu parei ao contrário. Então resolvi virar a moto para parar na mesma direção.

Aí que foi meu erro. Não percebi que o piso tinha um desnível acentuado e fui deixando a moto descer. Ela desceu a roda de trás de uma vez e quando eu tentei colocar o pé para fazer a manobra não deu altura direito. Fiquei na ponta do pe e não consegui segurar o peso da moto!

Ela tombou em câmera lenta comigo segurando para não deixar ela bater no chão.

Eu mesmo consegui levantar a moto e colocá-la no descanso mas a dor de deixar a moto que eu acabei de pegar na loja cair foi grande.

Como eu disse lá em cima não tive nenhum arranhão mas a carenagem da moto teve dois pequenos arranhões. Felizmente não chegou a quebrar ou arranhar mais fundo e um polimento com massa de polir e politriz deixou a moto zerada.

Lições deste segundo tombo. Quando for parar sua moto estude bem onde esta parando, análise o entorno para ver se não há buracos, lama, areia ou qualquer outra imperfeição que desequilibre. Pense na sua saída também. Parar a moto de frente numa descida e mais confortável na chegada mas na hora de sair você vai ter eu empurra-lá para trás e moto não tem Re (pelo menos a maioria delas) !

É isso. Este foi o segundo tombo. O terceiro foi muito engraçado pela situação. Já já eu conto …

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Meus tombos – parte 1

Combinei com meus amigos do MMMG que iria contar aqui no blog sobre os meus tombos de moto que, graças a Deus, foram todos tombos bestas e somente um deles com a moto em movimento.

Tenho 20 anos de carteira de moto e já tomei 4 tombos nesta minha vida de motociclista. 3 deles manobrando a moto, portanto a moto tombou e o último com a moto em movimento mas em baixa velocidade. Irei contar um de cada vez.

O primeiro deles foi com minha segunda moto, uma VMax 1200 cc. Isto mesmo meus amigos, com 6 meses de carteira eu troquei minha shadow 600 (primeira moto) numa Vmax de quase 300 kg.

Eu com a moto ai…

Como sempre eu fazia as sextas feiras eu descia de moto para trabalhar. Meu trabalho era relativamente perto de onde eu morava e fazia isto para treinar na moto para poder ir andando cada vez mais longe.

 

Neste dia eu parei a moto na garagem e na hora do almoço, quando sai da garagem, vi uma funcionária do escritório que eu precisava falar uma coisa importante. Parei a moto na saída da garagem mas não reparei que parei meio inclinado para a direita que era a direção da saída.

Abri a viseira, chamei a moça e falei o que precisava.

Quando fui arrancar, ao invés de levantar a moto e acertar o centro de gravidade, arranquei de qualquer jeito. Aí os 300kg falaram mais alto e ela tombou.

Ainda tentei segurar mas impossível e ela caiu devagar. Ainda bem que minha perna não ficou debaixo da moto e não aconteceu nada nem com a moto e nem comigo.

Rapidamente várias pessoas vieram perguntar se eu estava bem e tentaram levantar a moto enquanto eu tirava o capacete. Mas não é fácil levantar 300 kg.

Dois motoboys que pararam para saber se estava tudo bem (naquela época motoboy tinha tempo para parar e ajudar) me ajudaram a levantar a moto e colocar no descanso.

Dei aquela olhada na moto para ver se estava tudo bem, agradeci a todos que me ajudaram e que se preocuparam comigo, montei na moto envergonhado da minha navalhada e fui embora bem devagarinho e pensando onde eu errei.

 

 

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