Outro dia conversava com a Leticia sobre regras de convivência. Este era um assunto discutido em uma roda de amigos dela e o tema me deixou encucado.
Cheguei a conclusão que as regras de convivência são excenciais para qualquer tipo de relacionamento dar certo ! Não importa qual seja: Sociedade, amizade, namoro, casamento, divórcio, trabalho, irmãos, parentes, filhos, qualquer relacionamento só é possível se existem estas regras !
Algumas vezes estas regras são explicitadas em contratos, acordos, leis ou sei lá mais o quê, mas na maioria das vezes elas são estabelecidas pelo bom senso entre as pessoas.
É aqui que eu fiquei encucado com o assunto. As vezes o que é de bom grado para “minha excelência” não o é para a “sua excelência” !
E aí ? Como tratar destes casos em que há o embate direto de pensamentos ?
Onde buscar sustentação para esta regra ? Não há lei que as defina e nem contrato assinado entre as partes para apoia-la !
Só há, em minha conclusão, uma saída para estes casos: o acordo bilateral entre as partes (deu para perceber que passei a manhã redigindo contratos?) !
Exemplo: Eu não tenho como guardar minha moto em minha vaga certinho. Então fiz um acordo verbal com o meu vizinho/sócio/amigo que eu guardo minha moto na divisão das nossas vagas. Entre os dois carros ! Se eu o incomodo ele me fala e eu arredo para frente, para tras, tiro de lá, sei lá. Mas estabelecemos uma regra de convivência neste caso. É certo que meu amigo é pessoa de melhor supimpitude e não implica com o veículo ali. Mas mesmo que não fosse ele e acertassemos esta regra, estaria resolvido !
Pense quantas coisas poderiam ser resolvidas com pequenos acordos, sem brigas, sem stress, na paz !
Até assuntos desagradaveis para uma pessoa podem ser negociados os momentos de conversa !
Mas a base de toda Regra de Convivência, na opinião de minha excelência, é o respeito ! Respeito por idéias, pensamentos, modo de agir e viver mesmo que diferentes dos nossos !
Não somos iguais (felizmente) e às vezes o que é de extrema importância para mim não é para outra pessoa. Mas se houver repseito, veja bem, não é submissão de pensamentos, mas respeito, a convivência se torna pacífica e tranquila !
Tô certo, ou tô errado ?!
Meus amigos !
É de impressionar como isto é uma questão diária para todos nós ! Não prestamos atenção no tanto que isto é necessário pois se trata de coisa corriqueira e já temos tanta prática que não nos atemos a observa-las no dia a dia !
Quando acontecem episódios como estes narrados pelo Dino é que paramos para prestar atenção como estas regras são básicas !
Obrigado pelos comments !
Tá certo!!! Muito bom esse texto, sua excelência! Parabéns!
Amigo, é curioso que o assunto tenho tomado seu tempo nessa semana.
Eu também fiquei e infelizmente por motivos diferentes dos seus.
caso 1: O portão eletrônico do prédio não tem opção de abrir/fechar em caso de faltar luz. (!!!)… Ou melhor, eu achava que tinha, porque a um tempo atrás vi a sindica “violentar” um pino que sustenta o braço do portão. Faltou luz, eu precisava sair e não pensei duas vezes em adotar o único método possível. Qual não foi a minha surpresa quando a nervozinha apareceu tentou me manter preso no prédio!!!! O argumento é que “o cara que dá manutenção no portão disse que isso acaba estragando”…. Bom, educadamente (pensando nas “regras de convivência”) começei a retirar o pino quando Deus falou: “Fiat lux”.
E a crise terminou sem maiores atritos (isso porque agora que estou mais velho, fiquei mais tolerante a gente gritando!)…
Caso 2: Anteontem à partir de 23:00 um cidadão do prédio vizinho resolveu externar sua fé evangélica através de cânticos. Som ligado alto e o desalmado cantando junto… às 00:30 perdi a calma e toquei o interfone de todos os aptos do 3o andar no prédio dele. Por fim, uma senhora me atende, pede desculpas e promete parar…
Às 00:45 ainda não tinham parado! Voltei ao interfone disposto a ficar a noite toda apertando o infeliz do botão. Me atende a mesma senhora para dizer: “eu já pedi pra parar, mas ele não pára!”…
“Rapaiz”… Como fiquei puto! Disse a ela para pedir a “ele” que viesse à portaria que eu mesmo iria pedir para que parasse. O pai (entendi isso depois) veio ao interfone e disse: “Pode deixar. Vou fazê-lo parar!”… Voltei para o meu quarto a tempo de ouvir as frustradas tentativas paternas.. O filho-crente-adolescente-revoltado-e-insone trancara-se no quarto e recuva-se a atender à porta. Por fim o arrazoado pai vendo que não tinha solução, desligou todas as chaves de luz da casa deixando tudo às escuras e num silêncio divino…
Bom, tudo isso era para sustentar que as malditas “regras de convivência” existem, são fundamentais, mas infelizmente não são todos que as seguem, tornando fundamental a existência de vocábulos como “VAIPRAPUTAQUETEPARIU” entre outros! 😉