“Não resisto à tentação de lhe dizer que, depois que o conheci, não penso em ninguém que não seja você em minha cama”.
Esses os termos de um e-mail que um amigo recebeu, por engano, de uma tia madurona, beirando os 70, feia como ela só. Sua primeira reação foi de espanto, logo seguido pelo desejo de emigrar para a Groenlândia, para o Nepal, eventualmente para a Mongólia, porque orça pelos 40 e não gostaria de entristecer sua tia.
Contudo, como é craque em informática, mas craque mesmo, escarafunchou seu Outlook Express e acabou descobrindo que o e-mail da boa tia fora parar nas caixas postais de duas dúzias de parentes e amigos: erro ao enviar. Assim, tratou de avisar os parentes do equívoco da excelente senhora. Vários deles, que têm passaportes válidos, estavam cuidando de obter vistos de emigração para Bengladesh, Cingapura, Timor-Leste, qualquer país do outro lado do mundo.
Agora, a curiosidade é geral: querem saber o nome do destinatário do e-mail para saber se ainda está vivo, ou morreu de susto e já foi enterrado.
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Coluna Tiro&Queda, Jornal Estado de Minas, 5.9.08 – Eduardo de Almeida Reis
