A coluna do Roberto Pompeu de Toledo na Veja desta semana esta concordando em Gênero, número e grau com tudo que falei sobre a greve dos controladores de vôo ! Até parece que ele leu o blog ! 🙂
Mas uma coisa ele disse que eu não havia pensado, e como tem tudo haver com o que escrevi e penso, reproduzo abaixo, na íntegra esta parte. (Não coloco o link porque tem que ser assinante para poder ler on-line ok ?)
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O presidente Lula deu, a bordo do avião a caminho dos Estados Unidos, a ordem de negociar com os controladores de vôo, em vez de prendê-los.
Pergunta-se: mas ele não tinha, ao deixar o país, passado a Presidência ao vice José Alencar ? Se a havia passado, não presidia mais. Que autoridade possuía, então, para dar a ordem?
Aliás, se passara a Presidência ao vice, com que autoridade se apresentou ao presidente Bush, em Washington?
O presidente era o que ficara no Brasil. Aquele que chegava aos EUA, uma vez destituído da faixa presidencial, era um cidadão comum. Até se poderia concluir que, ao arvorar-se em presidente, não passava, à letra fria da lei, de um impostor. A menos que se admita a possibilidade legal de duas pessoas exercerem a Presidência, o que é uma excrescência ainda maior do que o país deixar-se representar no exterior por um impostor.
O.k., este arrazoado tem conseqüência prática zero. Mas mostra a comédia que é a cerimônia tupiniquim de passagem do cargo quando o presidente viaja.
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É ou não é ?!
Errata: Só pra corrigir e eu não correr o risco de ser apedrejado… rsrsrs, quando eu digo “exerce dupla função” eu deveria ter dizer “deveria exercer dupla função”… Assim, quando embarcasse no aeropolvo, ele deixaria com o vice a função de Governo e levaria consigo a função de Estadista, pelo menos é o que diz a Lei… rsrs…
Caro amigo Cepa, com perdão da objetividade, mas neste caso, o Roberto Pompeu de Toledo demonstrou que, assim como o polvo, não entende patavinas de presidência e muito menos de LEI… rsrs… A passagem do cargo é um instituto jurídico de extrema importância para a boa administração pública de um país democrata presidencialista, já que nosso amigo polvo, exerce dupla função: de Governo e de Estado. Se no nosso caso, passamos de um incompetente a outro… é outra questão… o fato de um impostor nos representar, ficou claro desde a posse do polvo na primeira eleição… rsrs…