O rei xeque Hamad bin Isa al-Khalifa que me perdoe, mas ontem foi dia de Felipe Massa, paulista de Botucatu, onde mando fazer minhas botinas.
Daí a emoção que vivo quando o menino está nas pistas: penso nas botinas de elástico, vejo que o menino é bom de bota e fico esperando a reação de um comentarista de automobilismo, que não tem inveja dele: tem ódio. Nas últimas seis voltas do GP de ontem desliguei o som da tevê. Era claro que Massa vinha administrando a vantagem, mas o narrador, no afã de emocionar o emocionante, ainda mata do coração um cronista-Fifa.
Lewis Hamilton, três pódios nas três primeiras corridas, deixou de ser principiante: é veterano e é craque. Palmas também para Heidfeld e para a BMW: a Fórmula 1 precisa de várias equipes do mesmo nível, que é para o esporte ficar mais emocionante.
Quanto ao rei xeque Hamad bin Isa al-Khalifa, é muito de desejar que tenha assistido ao GP de um dos salões da torre do autódromo, bebendo escondido, que o álcool por lá é oficialmente proibido, entre duzentas odaliscas de barriguinhas de fora. Palmas para sua alteza real; palmas para Felipe Massa.
By Eduardo de Almeida Reis – Tiro Certo – EM – 16/04/2007