Eu sempre achei que esta história era mais uma brincadeira do meu pai, grande contador de casos e torcedor do Glorioso Clube Atlético Mineiro, como eu e meu irmão (ou será que nós é que somos iguais a ele ? 🙂 ) até que abri hoje o Estado de Minas e li esta reportagem !
Fica aqui minha homenagem ao Sr. Alcebíades Magalhães Dias, o “Cidinho Bola Nossa” aí na foto ao lado !—–
O futebol mineiro perdeu ontem um de seus personagens mais folclóricos. O árbitro Alcebíades Magalhães Dias, o “Cidinho Bola Nossa”, faleceu no início da noite, aos 93 anos, no Hospital da Previdência, vítima de câncer na próstata. Seu sepultamento será hoje à tarde, no Cemitério do Bonfim, onde está, no velório sete. Debilitado pela doença, ele havia sido internado quarta-feira.
Natural de Ponte Nova, jornalista e funcionário público, Cidinho Bola Nossa foi árbitro da Federação Mineira de Futebol entre os anos de 1940 e 1960. Ganhou o apelido num jogo entre Atlético e Botafogo. Num lance em que a bola saiu de campo, um jogador do Galo teria perguntado a favor de quem seria o lateral. E ele teria respondido: “A bola é nossa!”.
Apesar de ter assumido o apelido, Alcebíades Magalhães tinha outra versão para o fato. Segundo ele, a versão maldosa teria sido espalhada por um repórter à beira do campo. Na verdade, ele teria respondido apenas que a bola era do Atlético. Há vários casos sobre fugas espetaculares de estádio protagonizadas por Cidinho Bola Nossa. Certa vez, pulou o muro e caiu num córrego raso. Bateu a cabeça no fundo e acordou no hospital. Noutra ocasião, teve de se esconder num cemitério próximo ao campo. Ele, no entanto, nega que tenha se vestido de padre para escapar da ira de uma torcida revoltada com sua arbitragem.
Estado de Minas – Caderno de Esportes – 01/06/2007
