Lei de Murphy na pratica!

Outro dia li no blog Ócio do Oficio um post da Laura Barreto contando a série de coisas problemáticas que aconteceram com ela num mesmo dia (Leia aqui o post).

Ri bastante, como sempre, do texto engraçado que ela conseguiu produzir a partir dos acontecimentos daquele fatídico dia, sem imaginar o que eu iria passar ontem !

No passar do dia até que não foi dos mais problemáticos a minha quinta-feira, mas no final do dia a coisa deu uma complicada sem explicação.

As 17:50h, sai da empresa para ir ao meu primeiro dia de terapia. Isto mesmo, depois de 45 anos resolvi procurar uma pessoa para ouvir minhas agruras e descobrir o porque da minha pessoa. Mas, como diria meu irmão, isto é conversa para outro por do sol.

A minha hora era as 19:00h mas com a chuva que estava caindo e mais o trânsito caotico-infernal de BH com greve de ônibus, achei melhor sair BEM mais cedo para evitar me atrasar no meu primeiro dia (afinal o que o analista vai pensar de mim se eu chegar atrasado no meu primeiro dia?!).

Tudo correndo dentro do cronograma fisico-temporário, tempo de trajeto de 40 minutos, faltando uns 5 quarteirões para eu chegar no consultório do médico, meu carro, que havia uma semana que estava na oficina, me solta a mangueira do radiador em plena Av. Brasil com Francisco Sales, no meio engarrafamento monstro.

Penso comigo: PQP ! Só me faltava esta né Murphy !

Mas tudo bem, pisca alerta ligado, fui entrando na frente dos outros (porque ninguém em BH lhe dá passagem, nem com pisca alerta ligado!!) e fui tentando sair da confusão. Consegui entrar numa rua mais calma e parei o carro.

Olhei para chuva, olhei para o guarda chuva do meu lado e resolvi que Murphy não iria me vencer! Larguei o carro la e fui a pé para o consultório do analista ! As 18:57h toquei o interfone, todo molhado (vcs ja tentaram colocar uma pessoa de 1,85m com 120Kg debaixo de um guarda-chuvas e ainda com uma mochila com todos seus aparelhos pendurada nas costas? Não tentem…) mas com o orgulho de não ser vencido por Murphy. Ainda deu tempo de mandar uma sms para a Ana Paula pedindo socorro !

Fiz minha seção tranquilamente (aliás, gostei do negócio! Pagar para alguém te ouvir, como diz o meu pai, é interessante pois hoje em dia ninguém tem tempo para ouvir mais ninguém !) e quando saí as 20:00h, Murphy estava na portaria do prédio, como aquele personagem de Humphrey Bogart, com uma capa de chuva, chapéu Panamá e fumando um cigarro me esperando.

A chuva parecia uma cascata de hotel 6 estrelas e as ruas pareciam o Rio Amazonas em época de cheia ! Olhei para o celular e ele tinha 8% de bateria. Sem problemas, eu tenho o Nextel também. Tudo sobre controle.

A Ana Paula não me respondeu o sms. Estava na acupuntura e devia estar com tudo desligado. Bom, o jeito é encarar a chuva de novo. Mochila nas costas e vamos em frente ! Andei até o carro, cheguei mais molhado que na ida e resolvi ligar para o mecanico com o resto de bateria que tinha no celular. Ele me disse então para ir devagar até em casa que no dia seguinte ele iria la olhar o que havia acontecido. Mas se o ponteiro da temperatura chegasse no vermelho eu deveria parar o carro e esperar esfriar.

Beleza, fiz isto, estava perto da casa da minha mãe e resolvi deixar o carro lá. Fui andando o mais rápido possível e quando eu estava a uns 5 quarteirões, é claro que o ponteiro chegou no vermelho. Parei o carro para esperar esfriar na rua do Ouro.

Bom, ja que vou ter que ficar parado aqui por uma hora, vou atualizar meus emails, tentar falar com a Ana Paula de novo, ligar para o Mecânico. Murphy, sentado no banco ao lado do passageiro me passa o celular com 3% de bateria !

Ligo para a a Ana Paula, celular desligado. Mando outro SMS avisando que estava indo para a casa da minha mãe. Ligo para o mecânico e depois da 3a frase a bateria acabou. Sem problemas, abro a mochila para pegar o Nextel ! Murphy me olha de rabo de olho com aquele sorriso de canto de boca !

Só então percebi que havia deixado o Nextel na minha mesa na empresa !

Joguei o celular sem bateria dentro da mochila e me encostei no banco do carro e  lembrando da minha chefa Claudia Tonaco, resolvi fazer um Yoga Tantrico para me acalmar e bater um papo com Deus neste momento:

– Deus, eu sei que fiz um monte de coisas erradas, eu sei que mereço passar por algumas provações para me redimir dos meus erros, mas já ta bom né ? Aquele clichê de que nada esta tão ruim que não possa piorar é só uma frase solta, não me faça acreditar nisto ok amigão? Olha para mim aqui agora e me dá uma força porque to com vontade de descer deste carro e ir chutando ele até na oficina ! Obrigado, amém!

Fiquei ali com os olhos fechados e pedindo perdão pelos meus pecados durante uns 15 minutos. Quando abri os olhos, o FDP do Murphy tinha ido embora !

Ai resolvi que ja estava bom o tempo de esfriamento do motor (da cabeça não, mas azar…) e fui embora igual um doido para acabar de chegar !

Ainda passei um último aperto pois como fiquei dentro do carro com a chuva, o carro embaçou TODO e como não podia ligar o ar, fui obrigado a andar com a janela aberta estes 5 quarteirões para tentar enxergar alguma coisa e ainda tive que colocar a cabeça para fora em alguns momentos porque ficou MUITO embaçado. Mas tudo bem, cheguei na casa da minha mãe.

O carro ta lá, o mecânico vai passar la hoje para arrumar o problema e no sábado vou olhar outro carro para comprar.

Já deu…

AH, quer saber, vai te catar Murphy !

 

 

 

 

Esta entrada foi publicada em Aconteceu e marcada com a tag , , , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Uma resposta para Lei de Murphy na pratica!

  1. Urban disse:

    Não desafie Murphy, ele não perdoa… 🙂

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *