Escrevi aqui no Blog sobre o Leo meu amigo e sua cãozinho guia Lella, que faleceu de um problema do coração há alguns meses atrás (leia aqui).
Foi realmente muito triste a morte da Lella e ver o sofrimento de meu amigo com esta perda foi duro.
Mas isto é a vida e o Leo continuou levando a sua, com certa dificuldade sem os olhos da Lella para enxergar por ele, mas dentro de uma serenidade que a cada dia me espanta mais e me faz admira-lo cada dia mais.
Mas eis que há uns 15 dias chega um novo email dele falando que a escola de Cães guia de Milão (o Leo é italiano e a Lella veio através desta escola) ligou para ele que já havia um novo cãozinho pronto para que ele fosse busca-lo !
Legal demais ! Ele me contou que ficou na dúvida se ia buscar ou não. Intimamente ele ficou meio perturbado com a morte da Lella e tinha decidido no seu intimo levar sua vida sem um novo cão guia.
Então agradeceu a escola e falou que não daria tempo de busca-lo no prazo que eles pediram e que iria esperar mais um pouco.
Só que, 15 dias depois ligaram novamente, falando novamente de um novo cão para ser buscado daí a 15 dias o Leo achou que era a hora e em 15 dias dava para organizar a viagem !
Era a hora de ter um novo amigo e concordou em ir busca-lo. Arrumou as malas e foi para Milâo buscar seu novo amigo !
Ontem recebi um email do Leo dando noticias do novo cão !
Apresento-lhes Brami , o novo amigo do Leo ! Um lindo labrador cor de chocolate (nunca vi Labrador desta cor, coisa mais linda !) !
As noticias são ótimas ! A adaptação esta indo super bem ! O mais engraçado são as diferenças entre o Brami e a Lellinha que o Leo esta notando.
O Brami é macho, extremamente brincalhão, afável com todos que se aproximam mas na hora que coloca a guia para trabalhar é sério e compenetrado e de fácil condução (segundo o Leo me relatou no email).
Ao contrario da Lella, extremamente profissional o tempo todo e que não era muito afeita a ” bagunças” nem na hora da recreação.
A Lella na época teve certa dificuldade de ” mudar ” de dono, do Corrado (treinador) para o Leo (o treinador do Brámi é o mesmo que treinou a Lella há 8 anos atrás) e o Brami já na primeira noite com o Leo foi tranquilo e brincalhão ! Na foto abaixo o Corrado esta ao fundo, despistando e observando o primeiro encontro dos dois ! Há alguns procedimentos que os cães passam no primeiro ano que a Lella não passou e o Brami sim, por isto esta facilidade de mudanças pelo Brami.
Cabe ainda falar da escola de cães. É uma escola do governo Italiano que treina estes cães para as pessoas deficientes que entram em uma fila para ter o seu cão guia. Na escola existe um alojamento paras as pessoas ficarem durante a semana de treinamento e adaptação dos cães aos donos e vice-versa. Neste alojamento tem cozinha, tvs de plasma, banheiros e são 4 alojamentos para 2 pessoas em cada (pessoa e acompanhante ).
A espera do Leo pelo Brami foram de 8 meses só, pelo fato da Lella ter morrido de causas naturais eu imagino. A espera pela Lella foi muito maior, acho que mais de 2 anos se nao me engano.
Mas vale a pena demais. Os cães são extremamente bem treinados e bem cuidados, felizes em poder ajudar aos seus novos donos !
É isto aí mano Leo ! To tão feliz quanto você e o Brami e aguardando sua volta ao Brasil para ir conhece-lo pessoalmente !
Amo cães, são todos especiais, carinhosos, sociáveis, e extremamente dedicados aos seus donos.
Fico furiosa quando vejo noticias e leis que exigem que amordacemos os bichinhos. Quem deveria ser amordaçado são os donos que maltratam e MALCRIAM seus bichos…deixando eles cópias fidedignas de suas personalidades conturbadas.
Já tive Dobermann, Fila Brasileiro e Rotweiller, entre outros, e nunca tive um probleminha sequer com eles, eram queridos demais, só não sabiam falar o nosso idioma, mas no deles sabiam dizer tudo!!
Então, histórias como essa do Leo, da Lella e do Brami, me comovem. Me emociono muito, pois se um cão pode ser os olhos de uma pessoa, e ter essa simbiose com seus donos, imaginem o que mais é possivel… Só gente muito ruim consegue deixar os cães ruins e maus!
um beijo e um queijo,
Julie