Em 9 de setembro, a Apple mostrou para o mundo a série 6 dos iPhones. Esses lançamentos não têm mais a mesma aura de novidades como na época de ouro de Steve Jobs – não por causa dos aparelhos em si, mas pela mídia que, de uma forma ou de outra, consegue divulgar antecipadamente o que será mostrado. Em outras palavras, quando o iPhone 6 foi oficialmente apresentado por Tim Cook, presidente da empresa, a maior parte de suas características já havia sido divulgada pelos sites especializados.

A novidade este ano ficou mesmo por conta do lançamento de dois modelos diferentes do iPhone 6. Um tem uma tela de 4,7 polegadas (contra as atuais 4 polegadas do modelo 5S); e o outro, chamado de iPhone 6 Plus, apresenta uma tela de 5,7 polegadas, ou seja, é praticamente um tablet.

Vemos, assim, certo distanciamento das crenças de Steve Jobs e, ao mesmo tempo, assistimos à Apple se rendendo a um pedido do mercado, que são as telas grandes em smartphones. Jobs sempre foi contra, mas o mercado gosta, e a Apple acabou perdendo muitos clientes para os novos Samsungs Galaxy S5, que oferecem telas gigantes.

Tecnicamente, além do tamanho das telas e de suas resoluções, os principais diferenciais foram: o início do uso do NFC para pagamentos feitos por meio do smartphone, tecnologia já adotada pela concorrência; a câmera para fotografar e filmar com mais recursos, lentes melhores e reconhecimentos de rostos – apesar de não aumentar o número de megapixels (mantido os 8mega do 5S) –; e o novo padrão de rede Wi-Fi 804.11ac, capaz de suportar velocidades três vezes maiores quando conectado em modems/roteadores que suportam essa tecnologia.

A principal das novidades para quem prefere comprar os celulares fora do Brasil para aproveitar os preços é a que o iPhone 6 (assim como o 6 Plus) suportará a rede 4G usada no Brasil.

Apesar da tela maior, o novo aparelho é mais fino do que a versão 5S e traz um formato mais arredondado nas bordas, bem como um acabamento muito bonito. Os modelos já estão disponíveis em nove países: Estados Unidos, França, Alemanha, Japão, Austrália, Cingapura, Hong Kong, Canadá e Reino Unido. Nos Estados Unidos, os preços continuam os mesmos, com o modelo mais barato custando – sem contrato com operadora – US$649 (mais taxas). Não há previsão de quando os celulares chegarão ao Brasil.

Tim Cook brindou os fãs da Apple com uma novidade, apresentada bem ao estilo Steve Jobs, que usava a frase “…and one more thing!” (…e mais uma coisa!) para lançar uma surpresa ainda maior; no caso, o relógio inteligente da Apple, batizado de Apple Watch.

Sobre ele, falaremos na próxima edição, uma vez que só estará disponível para venda em meados de 2015. And one more thing: garanto para vocês que abrirei uma poupança com o nome Apple Watch.