Celulares

Eduardo de Almeida Reis – Coluna Tiro amp; Queda – Jornal Estado de Minas – 15.12.2008

Sempre que me perguntam o nome de uma operadora confiável, indico a empresa do meu celular. Não lhe digo o nome, aqui e agora, porque alguns amigos têm parte do controle da empresa e ingerência em sua administração, mas posso afirmar que é absolutamente confiável: não funciona em lugar nenhum.brp style=text-align: justify; text-indent: 35.45pt;Na BR-040, sentido BH-Rio, tem picos de funcionamento próximos de Lafaiete, Barbacena e Juiz de Fora – e é só. Aqui no tugúrio, região central da capital de todos os mineiros, funciona mal e porcamente. Não raras vezes, telefono para um amigo residente a dez quarteirões e atende uma telefonista norte-americana informando o motivo pelo qual a ligação não foi completada. Vale notar que meu número não foi desbloqueado para ligações internacionais./pbrp style=text-align: justify; text-indent: 35.45pt;Resumindo: o telefone celular, invenção, é uma beleza; minha operadora é uma josta. Pior que ela, só outra que tive durante anos e não funcionava a mais de cem metros de sua torre, acho que localizada em Contagem, sei lá./pbrp style=text-align: justify; text-indent: 35.45pt;Meu telefone fixo tem manias, como por exemplo: não liga para o fixo de um amigo, que mora aqui no mesmo bairro. Telefona, mas dá ocupado – e o telefone do lado de lá está livre, como confirmo via celular./pbrp class=MsoNormal style=text-align: justify; text-indent: 35.45pt;Até então, com a concorrência entre as teles, o serviço era este que todos conhecemos. Com a supertele, é de se presumir que piore muito. Problema que pretendo resolver jogando meu celular no Rio Arrudas. Coutinho, cronista português, jogou o dele no Tejo há mais de um ano e, desde então, vive muito satisfeito. Tenho um genro sem-celular, que também não se queixa da vida. Dia desses, fui almoçar em casa de amigos e não levei meu telefoninho. Comi e bebi admiravelmente; voltei de rádio-táxi chamado pelo porteiro do prédio. Ironia do destino: o anfitrião é sócio dos controladores de minha operadora. Quero mais é que todas as teles e superteles se danem, com a só condição de não me tirarem a internet. Tenho dito. E philosophado

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